O filho único dela morreu aos 21 anos: mãe conta como lidar com dor da perda

'A aceitação daquilo que não podemos mudar é fundamental', diz Alana
‘A aceitação daquilo que não podemos mudar é fundamental’, diz Alana

Quando eu recebi a mensagem da psicóloga Alana Mendes, de 55 anos, mostrando interesse em compartilhar sua história no blog, foi dessa forma que ela se apresentou:

“Olá,

Gostaria de contar a história da perda do meu único filho, quando ele tinha 21 anos, vítima de um tumor cerebral inoperável, extremamente agressivo e maligno. Quem sabe assim poderei ajudar a outras mães que passaram por essa dolorosa experiência.

Abraços,
Alana Mendes”

Na hora, pensei como deveria ter sido difícil para Alana enfrentar o que acabara de relatar, mas fiquei muito contente ao saber que alguém, por meio do blog, tinha o interesse de compartilhar sua história com o intuito de ajudar outras pessoas.

Alana conta que a morte de seu filho, o estudante de biologia Pedro, aconteceu em fevereiro de 2007, quando ele estava em viagem, realizando um de seus sonhos: passar seis meses em intercâmbio na Austrália.

Perto do fim da viagem, Pedro telefonou para a mãe queixando-se de muita dor de cabeça. Ele viajava para o Chile, foi internado em Santiago, onde foi dado o diagnóstico: glioblastoma multiforme, um tumor cerebral maligno, de alta agressividade e letalidade, localizado numa área inoperável.

“Um tsunami me pegou”, conta Alana. Ela foi para a capital chilena para acompanhar o filho. Voltaram para o Brasília no dia seguinte, a bordo de uma UTI aérea. Seguiram até São Paulo, em busca de especialistas renomeados. “Nada mudou. Internação, coma e morte. Meu filho se foi.”

A psicóloga relata que, apesar da tristeza (“a perda de um filho é uma dor inominável), não se desesperou. “Minha crença no Espiritismo, minha família e amigos foram o suporte para a travessia do período de luto. Meu marido foi, e continua sendo, o companheiro cuidadoso e amoroso de todas as horas, e um dos motivos da minha superação. Sei que nada nem ninguém irá preencher o vazio que o meu amado filhote deixou. Mas a vida continua, e eu tenho muitos motivos para prosseguir.”

“A aceitação daquilo que não podemos mudar é fundamental para que possamos refazer os nossos planos e retomar a caminhada. Não é fácil e é bastante doloroso, mas pode tornar-se cada vez mais difícil e insuportável se não tivermos fé nos desígnios de Deus, não aceitarmos ajuda e não nos esforçarmos para romper a couraça da dor”, diz.

E qual é o sentido da vida para Alana?

“Aprender a ser uma pessoa melhor com as experiências que ela nos proporciona”

Ela fez questão de ressaltar que sua intenção, ao relatar sua experiência, “é mostrar aos pais que perderam seus filhos que é possível sobreviver, quando aprendemos a conviver com a ausência do filho amado.”

Bom, já está dito pela Alana, mas reforço aqui a intenção dela e minha: caso conheçam alguém que tenha passado pela mesma situação, acho que pode ser bacana enviar a história dela! Quem sabe assim podemos ajudar outras pessoas?

Alana com seu marido, Francisco Ribeiro Mendes
Alana com seu marido, Francisco Ribeiro Mendes

Segue abaixo o relato da Alana:

“Tenho nome de princesa, Alana Maria Teresa Alves Dias Mendes. Sou psicóloga e tenho 55 anos. Sou a primogênita de um jovem casal que teve quatro filhos. O sobrenome Mendes é da família do meu marido.

Estou casada há 30 anos com o amor da minha vida. Nos conhecemos em João Pessoa, quando éramos universitários. Ele cursava engenharia mecânica, tinha 23 anos e veio transferido da Universidade de Brasília, cidade onde sua família residia. Eu estava com 20 anos, cursava psicologia e minha família morava em Campina Grande, a pouco mais de 100 quilômetros de João Pessoa.

Namoramos durante quatro anos e oito meses, casamos e tivemos o nosso único filho. Em 1987, mudamos para Brasília, onde moramos até hoje. A família do meu marido também mora em Brasília e temos amigos muito queridos.

Trabalho numa escola da Rede Pública de Ensino do Governo do Distrito Federal. Gosto muito da minha profissão e do trabalho com crianças.

Sou do tipo “falante”! Gosto de conversar, rir, dançar, sair com amigos e comemorar “tudo”.  Amo viajar! Troco qualquer coisa por uma viagem. Mas, também amo voltar para a minha casa. Sinto saudade da minha cama, dos meus travesseiros, enfim, do meu “cantinho”. Sinto uma energia especial no meu apartamento. É o meu abrigo. Graças a Deus tenho um “Lar” onde me sinto segura e feliz com o meu amado companheiro.

Amo música, livros, filmes e minha coleção de São Francisco (tenho mais de 60). Estive em Assis e senti uma emoção indescritível.

O ‘tsunami’
A partida prematura do meu amado filhote, Pedro Victor Dias Mendes, ocorreu no dia  13 de fevereiro de 2007. E teve o efeito devastador de um tsunami.

Meu filho tinha apenas 21 anos. Estudava biologia na Universidade de Brasília. Era garoto alegre, extrovertido, com muitos amigos, inteligente, bonito e um filho maravilhoso. Pedro amava a vida e queria ser biólogo marinho.

Pedro tinha trancado a matrícula no quinto semestre do curso, para fazer intercâmbio na Austrália. O curso de inglês seria na cidade de Brisbane. Assim, em agosto de 2006, meu filho seguiu para realizar um de seus sonhos: passar seis meses na Austrália.

O retorno para o Brasília seria em fevereiro de 2007.

No dia 28 de janeiro, data do meu aniversário de casamento, recebi um telefonema do meu filho, em pratos, queixando-se de muita dor de cabeça. Ele estava na Nova Zelândia e viajaria para o Chile no dia seguinte.

Recomendamos a ida ao médico. Na ocasião, imaginávamos que seria uma enxaqueca. Oito jovens fazendo “mochilão” não se preocupam em se alimentar bem, muito menos dormir.

Ao chegar no Chile, Pedro apresentou sinais de confusão mental, continuou tendo dores de cabeça e vômito, apesar de medicado. Os seus queridos amigos o levaram para uma clínica, onde ele foi internado para a realização de exames.

Voei de São Paulo para Santiago, acompanhada da minha cunhada e de uma amiga querida, cujos filhos estavam com o meu menino. O diagnóstico já havia sido comunicado ao meu marido, mas eu o desconhecia. Me disseram que havia um “edema cerebral”, mas que estavam pesquisando a causa.

Meu alarme interno havia sido disparado!

Meu marido estava em Curitiba, a trabalho, seu passaporte estava vencido há poucos dias e seu RG tinha mais de 10 anos. Então, ele estava impedido de buscar nosso filho no Chile. Quando o médico me comunicou o diagnóstico, glioblastoma multiforme, um tumor cerebral maligno, de alta agressividade e letalidade, localizado numa área inoperável, um tsunami me pegou!

Voltamos para o Brasil no dia seguinte, a bordo de uma UTI aérea, acompanhados de dois médicos. Uma ambulância, equipe médica e um pai ansioso para ver o filho nos esperavam no aeroporto de Brasília.

Após dois dias de internação para mais exames, o diagnóstico inicial se confirmava, acompanhado da previsão de três meses de vida.

Seguimos até São Paulo em busca de especialistas renomeados. Nada mudou. Internação, coma e morte. Meu filho se foi.

Alana com seu filho Pedro
Pedro e Alana

‘Pedaço de mim’
13 de fevereiro de 2007, dia da partida do meu filho. A letra da canção “Pedaço de Mim”, do Chico Buarque, é a definição mais próxima do que senti.

“…..Oh, pedaço de mim

Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi…”

Uma tristeza dolorosa tomou conta de mim. Perdi meu pai quando eu tinha apenas 19 anos. Foi muito doloroso. Mas a perda de um filho é uma dor inominável.

Não me desesperei e não questionei os desígnios de Deus. Minha crença no Espiritismo, minha família e amigos foram o suporte para a travessia do período de luto. Meu marido foi, e continua sendo, o companheiro cuidadoso e amoroso de todas as horas, e um dos motivos da minha superação.

Sei que nada nem ninguém irá preencher o vazio que o meu amado filhote deixou. Mas a vida continua, e eu tenho muitos motivos para prosseguir.

Os ‘anjos’
Deus me mandou vários anjos para me conduzirem durante a “grande tempestade”. Fiz terapia, sou acompanhada por psiquiatra, continuo trabalhando e fazendo tudo que gosto.

Nunca esqueço que minha terapeuta me fez refletir sobre quem eu era antes de ser mãe e me fez ver que a maternidade não era o único papel que eu desempenhava na vida. A mulher, a esposa, a profissional, a filha, a irmã, a amiga e tantos outros, permaneciam comigo.

Lembro de ter dito ao meu marido que eu havia perdido um dos maiores “brilhos da vida”, mas que ainda restavam muitos.

Em um dos muitos livros que li, estava escrito que “quando os nossos pais morrem, perdemos o passado, mas quando um filho morre, perdemos o futuro”.

Com a partida do meu único filho se foram muitos dos meus sonhos. Não vi a sua formatura, seu primeiro emprego, seu casamento, sua esposa e seus netos. Mas, como diz a canção belíssima de Milton Nascimento: “É preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre…”

A aceitação daquilo que não podemos mudar é fundamental para que possamos refazer os nossos planos e retomar a caminhada. Não é fácil e é bastante doloroso, mas pode tornar-se cada vez mais difícil e insuportável se não tivermos fé nos desígnios de Deus, não aceitarmos ajuda e não nos esforçarmos para romper a couraça da dor.

Minha intenção, ao relatar minha experiência, é mostrar aos pais que perderam seus filhos que é possível sobreviver, quando aprendemos a conviver com a ausência do filho amado.

Qual o sentido da vida?

Aprender a ser uma pessoa melhor com as experiências que ela nos proporciona.”

32 comentários

  1. Boa tarde. Primeiramente gostaria de parabenizar a criação deste blog que por diversas vezes foi meu consolo e esperança. Acredito que todos que visitam esta página estão passando por um momento de muita dor e dúvidas. Mas hoje estou aqui para contar a minha história, na verdade a história da minha mae( que foi diagnosticada com glioblastoma multiforme de grau 4, em tronco cerebral, sem possibilidade de remoção, devido a sua localização se dar em uma area cerebral tão nobre.
    Seu diagnóstico foi dado em setembro de 2016, a partir desta data procuramos o melhor neurologista do Rio de Janeiro, onde fomos encaminhadas para tratamento oncológico com radioterapia(25 sessões), minha mãe desconhecia seu diagnóstico de cancer, acreditava ter sido uma lesão provocada por um AVC. Decidimos manter este sigilo para que ela não desanimasse e sofresse ainda mais. Foi desaconselhado pelo oncologista a fazer quimioterapia, pois seria somente como um paliativo, mas que a deixaria ainda mais debilitada. De lá pra cá fiz o máximo que pude por ela, viajamos, passeamos e curtimos o máximo, pois eu sabia que era uma contagem regressiva. E ela foi ficando cada vez mais debilitada e triste por não poder mais fazer suas atividades, minha mãe só pensava em ajudar as pessoas, era uma professora aposentada, uma mãe, avó, filha excepcional e principalmente meu anjo da guarda e minha melhor amiga.
    Precisou se hospitalizar após uma infecção generalizada e candidíase vaginal, sendo necessário antibiótico terapia venosa,passou dois dias na UTI e voltou para o quarto permanecendo por mais 10 dias, não sendo mais possível se alimentar por via oral,apresentando momentos de desorientação e sonolência a maior parte do tempo. Aos poucos seu sofrimento foi aumentando e eu pedindo a Deus que fizesse a sua vontade, que desse paz e descanso a ela. Não que eu tivesse perdido minha fé na cura ou no milagre, mas entendendo que o que importava era o melhor pra ela.
    No dia 25 de março de 2017, após uma noite bem sofrida, mas de muita oração e fé, minha guerreira se foi, voltou de onde veio,descansou e sem dúvidas esta feliz.
    meu maior medo desde a infância era perder minha linda mãe, aliás ela foi muito mais do que isso pra mim, mas ela me ensinou que a vida tem que continuar, que a vida é uma oportunidade, uma aventura, uma história que tem seus bons e maus momentos.
    Meu depoimento é uma forma de mostrar que vcs não esta sozinhos, de que a dor faz parte da vida, mas que o amor é algo maravilhoso. Aproveitem todos os momentos, sei o quanto é cansativo e muitas vezes desesperador. Mas tenham fé, acreditem e vivam da melhor forma possível.
    Grande beijo e muita força, Marcela.

    • Perdi minha mãe faz um ano e dois meses perdi meu pai a duas semanas sou filho único e não tenho ninguém moro em joinville santa Catarina tem sido tão difícil pra mim as vezes acho que não vou superar essa dor

      • Perdi minha mãe há alguns dias, também sou filha única e não tive pai, tenho procurado histórias de superação que me ajudem a superar esse momento.

  2. Mariza Hermeto Ramos
    Alana Deus te botou no meu caminho para continuar a superar a perda de meu unico filho em 26.10.2011. Caique – Carlos Henrique Ramos Cerqueira Agente Federal levou um tiro no coraçao aos 44 anos. Meu marido ficou com neuropatia diabetica e sofre cada dia mais e eu estou magerrima tentando continuar a trabalhar e viver sobrevivendo. Obrigado pela força que me deu de tentar continuar o que eu achava perdido e que Deus continue a te dar essa força que procura passar para o proximo e tenho certeza que Pedro e Caique ja se conheceram la em cima e procuram nos da força para continuar. Alana obrigado por voce existir pois pessoas como vc so fazem o bem e Deus sempre protegera

  3. LIGUE 141 – fale sobre seus sentimentos
    Você pode conversar com um voluntário do CVV ligando 141,como em qualquer outra forma de contato com o CVV, você é atendido por um voluntário, com respeito, anonimato, que guardará estrito sigilo sobre tudo que for dito. É gratuito.
    cvv.org.br

  4. Hoje faz exatamente seis meses que perdi minha filha. Ela tinha 22 anos, estava finalizando a faculdade de biologia na UFG, namorando e cheia de planos. Posto a seguir um depoimento que publiquei no meu perfil do Facebook:

    O que dizer da dor de perder um filho? Eu me desesperei. Mas não foi um desespero absoluto, contrariando Guimarães Rosa, ele veio a conta-gotas.
    Quando na quarta-feira do dia 09/09/2015 às 23:54 ligaram do HUGO (Hospital de Urgências de Goiânia) onde a Brenda estava internada desde o último domingo, depois de uma peregrinação de dois dias entre a clínica de hemodiálise e o Posto de Saúde do Jardim América, pedindo que eu comparecesse, eu já sabia… Saí de casa preparado para o pior. Luciana avisou o Túllio, que prontamente se ofereceu para ir junto, e lá fomos nós: eu, Luciana, Bruno e Túllio. O silêncio dentro do carro era ensurdecedor… Só dava pra ouvir as batidas descompassadas de nossos corações e o som de nossos lamentos mudos que oscilavam entre o medo e a esperança.
    Ao chegarmos no hospital, fomos recebidos primeiro por uma psicóloga que iria preparar o caminho para o médico de plantão dar a fatídica notícia. Mas, devido a impaciência do Túllio, ela mesma que acabou contando que a Brenda havia falecido às 23:00 de parada cardíaca em decorrência de seu grave estado clínico, agravado ainda mais por um edema pulmonar agudo. Há dez meses que ela lutava contra o lúpus, já era uma paciente renal crônica, ou seja, seus rins já não mais funcionavam, hipertensa, anêmica e constipada. Nesse momento o desespero caiu sobre nós. Não posso falar pela Luciana, pelo Bruno ou pelo Túllio. Só posso falar do meu, que como eu disse antes, foi a conta-gotas. É como se eu tivesse um dosador interno que regulasse a quantidade de sofrimento que eu poderia digerir naquele instante. Eu tinha que me manter lúcido para tomar as atitudes burocráticas, mas necessárias. Confesso que sem a ajuda do meu cunhado Leo, isso não seria possível. O Leo foi aquele que deixou as pegadas na areia enquanto me carregava no colo.
    Não houve velório, não houve missa, apenas uma pequena reunião de amigos e parentes no Complexo Vale do Cerrado, onde ela foi cremada e agora as suas cinzas esperam para serem buscadas.
    As gotas de desespero continuam a pingar, dia após dia, noite após noite. À noite é pior… ficamos vendo TV até a vista cansar e dormimos por algumas poucas horas, depois acordamos de madrugada e não conseguimos dormir. Durante o dia há a distração dos afazeres domésticos, as ligações dos amigos, algumas visitas e etc. Voltei a trabalhar, isso me lembra de que tenho muito a agradecer ao meu amigo Rogério que abriu a nossa locadora por três dias.
    Quero aproveitar o momento para agradecer a todos que prestaram suas homenagens à minha filha, ou curtiram as homenagens postadas, as fotos, músicas, enfim, tudo que se refere à ela. Entretanto, para os que não sabem, tanto a Brenda quanto eu, não acreditamos que exista um lugar melhor que não seja o lugar onde estão as pessoas que amamos, que Deus, se precisasse de mais um anjo ao seu lado, que criasse um, afinal ele é “Deus” não é mesmo? Também não acreditamos que é a “vontade de Deus”, o Deus que nós conhecemos identificado com a Natureza é perfeito, ele não tem vontade ou desejo de nada, pois nada lhe falta… Ele não precisa de adoração, não faz milagres, pois o milagre seria uma alteração de sua determinação universal e eterna, o que seria um absurdo. Também não acreditamos que ele está fora de nós, na verdade, nós estamos nele, e, dentro dele, nada se perde e nada se cria, tudo se transforma. Posto isso, se quiserem dizer que estão em oração por nós, eu agradecerei. Se me disserem para ficar com Deus, eu direi amém. Mas não peçam para que eu não perca a fé, pois como perder algo que eu não tenho? Eu só tenho fé em mim, em mim e na Brenda. A fé que vocês têm vem do mesmo lugar que vem a minha descrença, ou seja, você acredita ou não. Não é com argumentos racionais que você crê ou descrê, é com o sentir. E, como disse Nietzsche, o ateísmo existe em mim como um instinto. Sei que, depois disso, poucos irão curtir o meu post, pois Narciso acha feio o que não é espelho. Mas esta é a história oficial, foi assim que aconteceu e assim que é.
    Espero que continuem homenageando a Brenda, pois como disse o meu filho Bruno: “eu sei que quem está lendo isto e a conheceu, dentro de si carrega uma parte sua viva que vai receber isto de mim”.

    • Ha um mês perdi meu filho único de 32 anos, para um cancer , linfoma não hodyn no mediastino que infiltrou para os rins, coração, pulmão , estamos eu e meu marido, na fase da raiva, negação, incredulidade ……………….muito sofrimento.

      • Gostaria de saber se ha uma assossiação de pais que perderam filhos ou qualquer coisa que faça eu me comunicar, encontrar, trocar aflições,,,,,,enfim …..

      • Oi Amélia!
        Meu nome é Deusa. Sou filha única sem pai, perdi a minha mãe há 4 dias, tenho buscado histórias de superação que me ajudem nesse momento de dor, uma delas é da cantora Eyshila, não sei se você conhece, mas é perdeu um filho por meningite com 17 anos, a fé inspira.
        Que Deus te abençoe e console.

  5. Eu tb perdi minha filha de 21 anos faz 3 meses, vítima de um linfoma n torax, lutamos por 18 meses com14 sessões de quimioterapia, chegou colher a medula para um transplante, mas de tantos medicamentos, um dos rins parou deu complicação no pulmão ficou 12 dias na UTI lutando, mas não conseguiu, hoje Sou uma mãe triste com coração doido parece q náo vou aguentar não durmo não tenho forças pois ela era minha filha amiga companheira de todas as horas linda jovem dedicada um ex: de pessoa queria tanto viver. Mas deus quis p ele 05/12/15

    • Perdi minha filha única dia 04/07/2014
      Me sinto tão triste, tão revoltada
      Mas ainda agradeço a Deus dela ter partido em meus braços , nada pude fazer ela partiu de mal súbito , era minha vida, minha razão de ser , a cada dia sinto me mais dolorida, é uma dor que parece não cessar nunca

  6. perdi meu filho..tbm de um tumor glial ta dificil a situação de dor e enorme minha fe se foi…não acredito em mais nada

    • É assim mesmo Francisco, estou indo para o 5º mes da perda. Inconformismo total. A gente fica muito descrente de tudo. Não há receita de conforto. Acho que só o tempo mesmo. Que consigamos!

  7. Alana, eu tb sinto como se fosse meu depoimento. Minha filha única, tb fez o intercambio em Brisbaine, foi prá Nova Zelandia e Chile na volta mesma época que seu filho. Tinha 18 anos e agora faz dois meses que a perdi. Nunca havia tido nenhuma dor de cabeça sequer. Teve convulsão, a internei, tumor cerebral, depois de 16 dias se operou. Teve edema, 2 dias depois operou novamente, 4 dias depois faleceu aos 26 anos, muita disposição e um filho de 2 anos prá criar. Como ainda é muito recente, vivo um luto a cada dia. Fiquei meio revoltada mas agora estou me recuperando.
    Ela chegou a dizer que não gostaria de ficar dando trabalho em cima de uma cama, dessa forma Deus foi misericordioso com ela. Deu o netinho prá eu batizar e assim sendo, sinto-o como meu filho também. A continuação dela. Já estou agradecendo a Deus por ter-me deixado essa sementinha.
    Fui em busca de depoimentos semelhantes ao seu prá me fortalecer e assim me senti. Obrigada por compartilhar.

  8. Alana li seu depoimento, achei lindo pela sua fortaleza e pelo seu amor,parabéns pela sua fé, sua força,coragem e luta .pois perdi meu único filho com 30 anos de idade no dia 25/06/2010, já se faz 5 anos ,era Biológo, lindo um otimo filho.a dor é de ontem a saudade de mtos anos,ele suicidou, não me conformo, não acredito, não aceitei.Bjs

  9. Nossa parece que era eu que estava escrevendo esse depoimento, eu Tb perdi meu filho com um tumor cerebral maligno numa região inoperável, Tb se queixou de uma forte dor de cabeça, no primeiro exame o médico não viu e ainda ficou mais uma semana com dores, como a medição não havia aliviado, voltamos ao hospital, quando foi diagnosticado esse tumor, foram 23 dias, que hoje não sei explicar de como fui tão forte, ele estava conciente, dormi todos esses dias com ele, fiz tudo e lutei, mesmo os médicos dizendo q ele tinha duas de vida, eu não queria acreditar, eu queria lutar pra salvar ele e quando ele foi transferido pra tentar fazer a rádio terapia, ele foi já muito mal, com muita febre, aquele dia eu sabia que não ia vê-lo novamente vivo, chorei, chorei, dormi a base de dois calmamente se acordei com o celular tocando com a notícia mais triste da minha vida. Hoje com um ano e dez meses ainda sinto a saudade no meu peito, ainda sinto uma dor real. Meu marido foi meu acolhedor, me ajudou muito, fomos fazer uns passeios pra tentar não ficar numa cama deitada o dia todo, ele passeava muito comigo e num dia desses me falou ” agora sei que te amo muito, depois de tudo isso que passamos juntos ” me rendi ao carinho e nesse dia foi feito mais um fruto que vem iluminando meus dias que é o Gabriel que fez 1 ano esse mês de junho e tenho vivenciado o novo amor e a saudade de um grande amor que foi morar com Deus, meu filho era muito amado por todos no bairro, nasceu e foi criado no mesmo, ele teve muitas homenagens, era muito sorridente, educado, tinha muitos e muitos amigos, hoje todos ainda choram de saudade como eu, sempre falta ele na roda de amigos. E assim vou vivendo no caminho da saudade é no caminho de sempre oferecer o melhor pras pessoas que ficaram aqui na terra. Meu eterno amor João Victor sempre será minha força e a minha saudade e o Gabriel será sempre meu amanhã.
    Um grande abraço a todos, vamos sempre pensar em fazer o melhor, assim podemos viver em paz consigo mesmo.

  10. Li sua historia Meus sentimentos perdi minha mãe Maria José ,em 2013 com o mesmo tumor Glioblastoma multiforme nivel IV ela se foi em 40 dias entrou em coma dia 07/ 10 e faleceu 02 /11

  11. Alana lendo seu depoimento, revivi um dos momentos muito triste na nossa vida. Meu marido filho único, tb teve esse diagnóstico de sua mãe…aos 68 era uma mulher cheia de vida, começou com uma dormência na mão direita e só….nunca reclamou de dor de cabeça ou qualquer sintoma que nos levasse a pensar em uma doença tão grave….qdo por insistência minha pedi ao médico que fizesse uma ressonância, pq não tinha mais o que pensar….os médicos diziam que ela estava com depressão senil…pode? Enfim, fizemos o exame e na mesma hora internaram e logo imaginei que era muito grave…conclusão, nós deram a notícia que teria no máximo 90 dias de sobrevida…ela entrou em coma dois dias depois e faleceu examente 89 dias….nunca imaginei que médico fosse tão preciso…o que nos confortou é que segundo os especialistas que cuidaram dela, disseram que o bom nesses tumores….(se é que podemos achar isso bom, mas!) é que o paciente não sofre absolutamente nada….será? Não consigo imaginar essa situação com um filho….mas, como vc disse temos que aceitar os desígnios de Deus….beijos com admiração!

  12. Alana e Chico são pessoas especiais que passam na nossa vida e fazem toda a diferença. Tive o prazer de conhecer o Pedro, e ele era um menino muito querido, que deixou muita saudade.
    Trabalhei com Alana, e hoje apesar de não nos vermos com frequência, somos grandes amigas.
    Alana é um ser humano que tem muito amor,, e desejo que ela continue nessa caminhada com muita saúde e compartilhando a sua bondade com todos.
    Ariana.

  13. Alana não a conheço tb trabalhei na secretaria de educação , agradeço a DEUS por tanta coragem que sejas abençoada sempre.

  14. Conheci o querido amigo Pedro na Austrália. Compartilhei a melhor fase da minha vida com uma pessoa que se tornaria única. Eu e todos os amigos sofremos a partida do Pedro como a de um irmão e não foi fácil. Quando conheci a Alana senti que ela era muito mais do que uma mãe que estava tentando superar a perda do seu filho. A Alana era a pessoa que transmitiria o dom de recomeçar. Hoje sou mãe e consigo entender parte do seu sofrimento e parte da sua vitória. Não me imagino sem a minha filha, mas sei que se um dia a minha história tiver esse rumo, saberei em quem me espelhar. Apesar da distância, das atribulações e da falta de contato que a nossa vida maluca proporciona, penso no Pedro, penso na Alana e penso no Chico sempre! Um forte abraço e saudades!!

  15. Alana ,soube da sua história através de terceiros e de sua irmã,nunca imaginaria conhece-la,você é exemplo de força, fé, coragem e superação…beijo com muito carinho e admiração!

  16. A vida é para se viver com sabedoria e ir se aprimorando cada dia q passar e o mais importante ter fé e confiança em deus sabendo q nunca estamos só aonde formos sempre estaremos amparados pela nossa fé .

    • Oi Alana que força em…Eu também perdi minha filha com o mesmo diagnostico do seu filho no dia 26 de Agosto de 2007, tinha também uma vida normal, trabalhava como comissário de bordo, foi tudo de repente minha vida e toda minha família virou de uma hora para outra, Ela era linda espiritualista não tinha medo da morte e eu sem perceber ela já me preparava parecia que sabia o que ia acontecer, viveu ate o último momento rindo e dando forças para mim meu filho e meu marido. Linda maravilhosa.
      obrigada pelo seu depoimento; fiquei mais forte;

  17. Alana, é uma mãe que foi arrancado dela um pedaço, um pedaço dela foi arrancado sem aviso prévio..sem tempo .. sei a dor dela e com ela compartilho meu melhor abraço ,meu carinho , meu afago. Ela é amiga.. guerreira, e vencedora bjs Alana.

  18. Li em seus olhos doces e belos a saudade eterna que eles espelham sem a conhecer ou conhecer sua história. Ainda estou chocada com seu relato e revigorada com tamanho testemunho e força, fé e grande amor, não apenas por seus amados como tb. por todas as pessoas com as quais ela compartilhou sua tragetória nessa imensa perda. Alana é para mim exemplo de vida na dor.

  19. Participei em parte da vida da amiga Alana e de sua dor ao perder o filho, mas ressalto a força dessa mulher em prosseguir à vida de tão bonita forma. A fé em Deus é seu porto seguro.

Deixar mensagem para Sandro Góes Cancelar resposta