Como transformar as cicatrizes da vida em história

Transforme cicatrizes em história
“Todos os sofrimentos podem ser suportados se os convertermos em história. Ser uma pessoa é ter uma história para contar.”

Existe uma disseminada frase da escritora dinamarquesa Izak Dinesen que diz: “todos os sofrimentos podem ser suportados se os convertermos numa história, ou se contarmos uma história sobre eles. Ser uma pessoa é ter uma história para contar”. O empresário Alexandre Tagawa, que está escrevendo um livro sobre a vida dele, acredita que é possível transformar cicatrizes em história. As adversidades que ele encontrou pelo caminho o levaram ao encontro da Filosofia do Bonsai, prática que tem transformado sua existência.

“As cicatrizes nada mais são do que um legado. Elas te mostram o quanto você pode ser forte”, afirma Tagawa, que já passou por muitos altos e baixos na vida, tanto como empreendedor como na trajetória pessoal e familiar – em breve, toda a sua história estará registrada em um livro.

Aquela cicatriz você vai transformar em história para você contar para alguém, compartilhar e dali gerar uma possibilidade de uma outra pessoa ouvir e compartilhar isso com outra, com outra, com outra… E assim a gente consegue unir pessoas prósperas”, sugere o empreendedor.

Dificuldades nos fazem crescer

As dificuldades nos fazem crescer, mas só conseguimos compreender o aprendizado depois que o problema já passou. Tal entendimento ocorre graças à nossa habilidade de recordar a história vivida, construindo uma nova narrativa sobre ela.

Há linhas que estudam a escrita de biografias para significar, ou ressignificar, nossas vidas após traumas, momentos difíceis ou fases de transformação – assim como Tagawa está fazendo com seus aprendizados.

Em seu livro “5 lições de storytelling”, o autor James McSill ressalta: “na vida, a grande força do storytelling [contação de histórias] vem do seu efeito inspirador, que permite às pessoas desconstruir, analisar e reinterpretar as próprias histórias a partir de suas próprias experiências e criar, recriar, significados”.

A narrativa que fazemos sobre nós afeta nossa vida em si. McSill ressalta: “quanto mais conhecer de história para entender as histórias da sua vida, mais fácil será reinterpretá-las e transformá-las. Podemos narrar a mesma história com foco no problema ou na solução”, comenta o autor.

‘Nós nos contamos a partir da nossa história’

Em “O nome do vento”, o autor Patrick Rothfuss diz que é como se o tempo todos nós contássemos uma história sobre nós mesmos dentro da nossa mente, cita McSill. E essa história é o que faz você ser quem você é. “Nós nos contamos a partir das histórias”, salienta Rothfuss.

Contadores de história e até especialistas em psicologia garantem que narrar nossas vidas ao outro é essencial. E muitos de nós sabemos o alívio que sentimos ao fazer um verdadeiro desabafo, não é mesmo?

De onde vem nossa necessidade de contar a própria história

Nossos hábitos de “contação de histórias” são antigos. No passado, a troca ocorria em círculos ao redor de uma fogueira no final do dia. Mais adiante, na cadeira posta em frente à calçada. Numa mesa de bar. Apesar de ainda contarmos com todas essas tradicionais opções, hoje essa tendência se intensificou, com a possibilidade de usarmos as redes sociais.

É claro que há todo um debate sobre o “espetáculo” que criamos com essa virtualização de nós mesmos em “avatares” online, costume que exige cuidado. Não é sadio quando se torna uma busca incessante e inconsciente por “curtidas”, por se tornar popular. Porém, o hábito e a vontade de nos fazer revelar para o mundo está dentro de nós.

Estudiosos da comunicação vão dizer que o ato de criar narrativas é intrínseco ao ser humano e faz parte de sua comunicação. E a comunicação, por sua vez, sempre foi a base da interação social e essencial para a vida do homem em sociedade, diz o jornalista Francisco Rudiger, em seu livro “Teorias da Comunicação”.

Contadores de história e até especialistas em psicologia garantem que narrar nossas vidas ao outro é essencial. E muitos de nós sabemos o alívio que sentimos ao fazer um verdadeiro desabafo, não é mesmo?

E taí a importância de falarmos – verdadeiramente – sobre nós mesmos. Ao nos narrar, marcamos nossa existência no mundo. Afinal, quanto mais nos conhecemos, mais temos a possibilidade de atuar no mundo e dar sentido às nossas vidas. Que a nossa vida seja repleta de boas, e significativas, histórias!

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2 comentários

  1. preciso de ajuda escrever minha história de vida tenho muitas historia antepassada e,as que estou vivendo neste início 2018 por favor me ajudem preciso comprir uma missao escrevendo minhas hitorias ser publicada de algum jeito sou do sertão não sei escrever certo preciso de ajuda obrigada

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