Como tomar coragem para seguir o caminho do coração

Caminho do coração

“Numa terra de fugitivos, aquele que anda na direção contrária parece estar fugindo”, diz disseminada máxima do poeta inglês T. S. Eliot. Frase com significado muito semelhante é de autoria de outro poeta, o polonês Stanislaw Jerzy Lec: “para chegar à fonte, é preciso nadar contra a corrente”. As imagens transmitidas pelas palavras desses sábios pensadores nos inspiram a tomar coragem para seguir o caminho do coração.

Dê o primeiro passo

Primeiro, é importante refletirmos: o que é o caminho do coração? Muitas vezes sentimos internamente que a vida que estamos levando não nos completa, é vazia ou “levada no automático”. O caminho do coração nada mais é do que a jornada em busca de preencher a nossa vida com sentido, com algo que nos motive ao acordar, que faça nos sentirmos completos, plenos, satisfeitos.

Essa busca é recomendada para todas as pessoas que se sentem infelizes com a vida que levam, que sentem um fardo ao acordar, ao ir para o trabalho, que estão insatisfeitas com o atual relacionamento – enfim, a todos os que sentem lá no fundo a vontade de acordar em uma nova realidade.

Sensações como medo, insegurança, sofrimento, abdicação e dor podem nos impedir de tomar a ação necessária para começar uma transformação nas nossas vidas. Contudo, estudiosos e especialistas asseguram que mais vale arriscar-se do que viver na frustração. No caminho rumo a toda mudança, conquista ou vitória, há sempre um esforço ou dificuldade a ser vencida e superada.

Vença o medo

Vencer o medo é o primeiro passo a ser dado. Um trecho de autoria do escritor francês Guilherme Apollinaire diz: “nós os conduzimos até a borda e pedimos que voassem. Eles não arredaram o pé. Voem, dissemos. Eles não se mexeram. Nós os empurramos para o abismo. E eles voaram.”

Temos medo de não conseguir, de sofrer e de passar por dificuldades. Tememos até o que os outros vão pensar de nós caso começemos a fazer o que realmente queremos. Enquanto isso, ficamos no campo do desejo e não partimos para a ação. E por isso que uma característica importantíssima precisa estar presente em nós para que possamos “pular no abismo e começar a voar”: o otimismo e a crença de que tudo dará certo.

O filósofo alemão Goethe nos faz refletir que quando caminhamos rumo ao caminho do coração, coisas inimagináveis acontecem para a nossa realização:

“Em relação a todos os atos de iniciativa e de criação, existe uma verdade fundamental, cujo desconhecimento mata inúmeras ideias e planos esplêndidos: a de que no momento em que nos comprometemos definitivamente, a *Providência move-se também. Toda uma corrente de acontecimentos brota da decisão, fazendo surgir a nosso favor toda sorte de incidentes, encontros e ajuda que nenhum homem sonharia que viesse em sua direção. Se você é capaz de sonhar, então já é capaz de realizar. A coragem contém em si mesma, genialidade, poder e magia. Comece agora”.

‘Não confunda derrota com fracasso’

Ao adentrarmos o caminho do coração, temos que ter consciência, contudo, de que coisas podem dar errado. Nessas horas, ter resiliência é fundamental.

O filósofo Mário Sérgio Cortella, em entrevista à rádio CBN durante as Olimpíadas de 2016, falou sobre a capacidade dos atletas de não temerem a derrota. “Não confunda derrota com a ideia de fracasso. Uma pessoa não fracassa quando ela é derrotada, ela fracassa quando desiste após ser derrotada”, ressaltou.

De acordo com Cortella, só conseguimos a capacidade de equilíbrio naquilo que praticamos quando admitimos que, vez ou outra, somos tirados do caminho da vitória. “O fracasso existe quando você desiste sem tentar de novo. A derrota ela faz parte, não é a coisa mais gostosa, mas é um componente da vida.”

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