
“É por meio de nossas próprias narrativas que construímos principalmente uma versão de nós mesmos no mundo”. A frase, do psicólogo americano Jerome Bruner, ressalta o quanto conhecer a própria história nos faz entender quem somos. Ao escrever uma autobiografia, revivemos por meio da memória cada etapa da vida, ressignificando-a. Ao estruturar o passado, encontramos a clareza que precisamos para construir no presente o futuro que queremos ter. É como se estivéssemos, literalmente, “passando a vida a limpo”.
Como revelar-se em palavras
Todos nós temos a necessidade de falar de nós mesmos, de contar a nossa própria história – seja em conversas de bar, em posts no Facebook, fotos no Instagram ou por meio da arte, da poesia e da literatura. São inúmeros os estudiosos que se propuseram a entender essa relação humana com a contação da própria história.
Na escrita, a vantagem que temos é a de estruturar essa narrativa em etapas, organizando mentalmente cada uma delas – e tendo a necessidade de colocá-las no papel, fazendo-a ser reconhecida pelo outro por meio de palavras.
O sociólogo Antonio Candido, em seu livro Vários Escritos, diz: “quer percebamos claramente ou não, o caráter de coisa organizada da obra literária torna-se um fator que nos deixa mais capazes de ordenar a nossa própria mente e sofrimentos; e, em consequência, mais capazes de organizar a visão que temos do mundo.”
Mas o que é uma narrativa biográfica?
No ponto de vista de biografias, autobiografias e histórias de vida, podemos levar em conta a definição de Philippe Lejeune para uma o que é uma “narrativa”. Ele diz:
“Narrativa é a retrospectiva em prosa que uma pessoa real faz de sua própria existência , quando focaliza sua história individual, em particular a história de sua personalidade.”
Bruner sugere que representamos a vida, para nós e para os outros, na forma de narrativas. Ao nos identificarmos com essa história é que construímos nossa identidade e achamos nosso lugar no mundo.
Essa força que existe no processo de compreender a própria história por meio da escrita e defendida também por Roger Dadoun. Ele diz que “a biografia teria, pois, sua fonte última no que há de mais pujante e grandioso no homem – a saber, o simples desejo de construir-se e definir-se como um Eu, de ser, na plenitude do termo, uma Pessoa”
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[…] um ano meditando na Índia e está tudo bem. De repente você conta um pedacinho da sua história e percebe novos sentidos. De repente, mas bem de repente mesmo, você se olha no espelho e tem orgulho de ser quem […]
Amei seu texto. Amei o conteúdo! Obrigada por compartilhar!
Muito obrigada você por compartilhar que gostou, Cristina!! ❤