Como ter inspiração para escrever o seu livro?

Muitas pessoas se perguntam como ter inspiração para escrever um livro. Acreditam que, por não estarem inspiradas, não devem começar a escrever. E porque não escrevem, não ficam inspiradas, em um ciclo vicioso sem fim: o primeiro texto nunca é concluído — ou sequer iniciado — e o sonho da obra pronta jamais se realiza.

Falar sobre inspiração nos leva a pensar nas artes em geral. É comum acreditarmos que precisamos estar inspirados para desenhar uma bela pintura ou tocar uma música agradável. Em partes, isso é verdade. Sem uma vontade interior, uma energia vital, um desejo da “alma”, dificilmente realizamos grandes coisas. A pergunta que faço, porém, é a seguinte: e quando temos a inspiração para pintar um quadro, por exemplo, mas não estamos treinados para usar o pincel? Muito provavelmente, tentar fazer uma obra de arte apenas com a força da inspiração será uma grande frustração!

O mesmo vale para a escrita de um livro. Certa vez, o jornalista Pedro Bial disse o seguinte em um curso de escrita: “Escrever tem muito de catar milho nas teclas do computador. Antes da inspiração vem o trabalho. Escrever muita vez tem a ver com apanhar como boi ladrão”. 

A disciplina diária da escrita

Com este texto, quero tirar um pouco do romantismo daqueles que apenas esperam a inspiração chegar para começar a escrever. Mesmo porque a inspiração, muitas vezes, vem da disciplina de escrever um pouquinho dia após dia. Ao insistirmos no primeiro parágrafo, mesmo que a contragosto, aos poucos liberamos a ideia no papel e o gosto por lapidar aquele emaranhado de palavras aparece. 

Trabalho escrevendo e, portanto, preciso de ter concentração e foco todos os dias para concluir os textos que me são encomendados. Se for esperar a inspiração chegar para começar a fazer um texto, realmente não saio do lugar. Estudo música e ouço a mesma coisa dos meus professores: todo músico se força a estudar, mesmo nas horas difíceis, para evoluir na técnica e dominar o instrumento. 

O bom músico não é aquele que só toca quando vem a inspiração, muito pelo contrário: é aquele que enfrenta todos os dias a difícil tarefa de repetir escalas e notas para estar preparado no momento de tocar. Curiosamente, esse processo disciplinado gera inspiração, porque a pessoa vê seus avanços, fica feliz, e quer fazer cada vez mais.

A princípio pode soar estranho, mas “forçar” um pouco a escrita te ajudará a fazer a inspiração vir. Às vezes, o primeiro parágrafo não sai pronto, o começo de um texto pode ser desafiador porque ainda estamos encontrando as ideias que estruturarão a narrativa. Quando isso acontece, sentimos aquela preguiça ao ver a tela em branco, concluímos que não estamos inspirados e paramos de escrever. 

Na prática, porém, o que vejo no dia a dia é que aqueles que terminam de escrever seus livros são pessoas que rompem essa barreira inicial e se comprometem com a escrita. Elas enfrentam o obstáculo da preguiça e da procrastinação, botam os “dedos nas teclas” e fazem exatamente o que o Pedro Bial descreveu: catam um pouco de milho, dão uma forçada até a coisa fluir. Mesmo não gostando muito do jeito que o texto ficou inicialmente, quando persistimos e avançamos, de repente o fluxo começa, a inspiração chega e o texto sai. Como disse o jornalista e escritor Malcolm Gladwell: “O trabalho do escritor não é alimentar ideias. É ser paciente o suficiente para encontrar as ideias”.

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