Como nos inspirar no Carnaval para ter uma vida mais livre o ano todo

Foto: Patricia Fortes Pereiro/Freeimages.com

Existe um provérbio português que diz: “esta vida são dois dias e o Carnaval são três”. Para quem não compreendeu, explico: a frase “esta vida são dois dias” nos leva a refletir que a vida representa o espaço de tempo entre nosso nascimento e morte. Dois dias: o que nascemos e o que morremos – nesse ínterim, vivemos. Em contrapartida, nos três dias de Carnaval (segundo a tradição católica ele começa domingo e acaba na terça-feira) esquecemos da vida e nos libertamos.

Eu gosto muito de ditados populares e resolvi começar a usá-los nos textos sobre como “dar sentido a nossa vida”, o eterno lema aqui do blog. Então encontrei esse que cabia certinho em um post “temático” pós-Carnaval.

O Carnaval acabou: e agora, o que faremos deste ano?

Pois bem: estamos acostumados com o lema “tudo só começa após o Carnaval” e muito provavelmente de agora em diante vamos começar a colocar em prática nossos planos – ou nos cobrar por isso.

O Carnaval acabou e agora nos deparamos com mais dez meses de 2017 pela frente. E o que faremos deste ano?

No ano passado, nesta mesma época, eu ouvi um podcast da Viviane Mosé falando à CBN sobre a importância do tempo de Carnaval em nossas vidas. “Extravasar também é importante”, disse. Ela fazia um paralelo inclusive com a arte, dizendo que precisamos de um pouco de fantasia para dar alegria e andamento às nossas vidas, quebrando a seriedade de vez em quando.

No período de Carnaval nos sentimos livres: além dos dias de “folga”, a maioria vive a liberdade de usar a roupa que sempre quis, beber o quanto der vontade, extravasar e fazer coisas que provavelmente fora da folia não faria. Por trás das máscaras e fantasias, na verdade o que estamos fazendo é revelando um pouquinho de nós, daquele “eu” que fica escondido o ano inteiro esperando a festa chegar para se revelar.

Aí acaba o Carnaval e esquecemos aquela criança livre que soltamos nos dias de festa e voltamos a trajar a outra máscara: a que nos diz que não podemos fazer nada (ou quase nada) do que realmente queremos.

O que está por trás das nossas máscaras de adulto

E assim volto ao tema foco deste post: o que vamos colocar em prática em 2017 para não ter que esperar o “Carnaval do ano que vem chegar” de novo para sorrir? E não só neste ano, mas em todo esse intervalo de tempo entre os “dois dias” de nossa vida?

Claro que não estou aqui falando da libertinagem do Carnaval, aquela em que vivemos o hoje ao extremo como se não houvesse amanhã. Falo de outra liberdade: a de sermos responsáveis pela nossa vida, de realizar os planos que nunca se concretizam, dos desejos que nunca saem do papel. Para fazer sentido, podemos trocar a palavra “Carnaval” e substituir na nossa mente por frases daquelas datas que nunca chegam: “o dia que eu tiver mais dinheiro”, “quando sobrar tempo eu”, “quando eu tiver coragem”, etc e etc…

Às vezes é difícil até mesmo para a gente perceber o que de fato está escondido atrás da nossa máscara de adulto responsável que vestimos durante o ano todo, todos os anos. Talvez devêssemos nos inspirar na leveza e liberdade que o Carnaval nos proporciona para entender: se eu tivesse livre o ano todo, o que eu faria dos meus dias?

Por mais Carnaval no resto do ano para todos nós! Afinal, se a vida são dois dias e os “três dias libertinos” já acabaram, não podemos desperdiçar o dia de hoje sem “cair na nossa folia interior” – aquela que só a gente sabe que nos faz sorrir diariamente.


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